sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O aborto e suas consequências para a sociedade


 O aborto é uma grande violência contra a mulher e contra a vida do bebê. Nenhuma mulher fica levemente grávida, moderadamente grávida ou intensamente grávida. A mulher está grávida ou não. K. E. Von Baer, em 1827, observou o zigoto em divisão na tuba uterina, constatando que a vida humana tem início na fecundação. Magdalena Goetz, em 2012, conseguiu marcar as células que desenvolverão o cérebro no sétimo dia do desenvolvimento.

Com os estudos sobre a formação das vias neuronais de percepção e resposta à dor, sabe-se hoje que o feto sente dor de forma mais intensa e mais prolongada do que o adulto! Sabe-se que o feto começa a sugar com nove semanas de desenvolvimento; aos quatro meses ouve a voz materna e logo após o nascimento pode distingui-la entre cem outras. Os fetos adoram ouvir música clássica, preferem Mozart e Vivaldi. Através da observação dos movimentos cardíacos e respiratórios, constatou-se que embriões e fetos reagem a situações de pânico e medo.


Nunca existirá abortamento seguro, mesmo o realizado em hospitais. O aborto é um procedimento invasivo, e, como tal, tem riscos de insucesso, e insucesso não é erro médico. Os riscos biológicos do abortamento para a mulher, dentre outros, são: risco de perfuração uterina com retirada do útero e consequente esterilidade; risco de lesão das trompas, alças intestinais e bexiga; risco de hemorragias com sangramento e necessidade de transfusão de sangue; risco de infecção hospitalar, podendo levar a morte.


O aborto é um procedimento traumático, afeta a saúde mental da mulher; produz um “luto incluso”, um luto não autorizado, devido à negação da ocorrência de uma morte real. A mulher sofre um choque e uma perda, e sua dor emocional é escondida; favorecendo o surgimento da Síndrome Traumática Pós-Aborto, com sintomas do tipo: tendências suicidas; lembranças da experiência do aborto; pesadelos sobre o bebê; aumento do uso de psicotrópicos, bebidas alcoólicas e fumo; distúrbios na alimentação; raiva contra si mesma e contra os que estimularam ou favoreceram o aborto; aversão ao parceiro; dificuldade de manter relacionamento; tristeza; depressões que não respondem aos fármacos etc.


Eleja um candidato que se comprometa em cuidar da vida da mulher e do bebê desde a fecundação; que seja contra o aborto. A vida é um bem indisponível. Seu voto vale uma vida!

Eliane Oliveira
Pediatra neonatologista, profa. da Faculdade de Medicina (UFC) e doutora em Educação

Fonte: http://www.opovo.com.br/

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